"Perdão pela falta de jeito. O mundo e o coração me parecem vazios e eu decididamente não gosto de vazios. O tempo me atropela, a vida me leva sem cerimônia, a escola me cansa e me pergunto sem questionar: por quê? E a resposta não chega. A independência não chega. O amor da minha vida não chega. A gente não se basta. A felicidade não bate na porta, não existe delivery para a sorte. E passamos a vida tentando, querendo, sonhando, esperando, numa invariável sem fim, sem charme e sem nenhuma certeza no final. (...) Ah, pára tudo! Se é pra viver, vamos viver direito. Com conteúdo. Troque o verbo, mude a frase, inverta a culpa. O sujeito da oração é você. A história é sua, mãos a obra! Melhore aquele capítulo, jogue fora o que não cabe mais, embole a tristeza, o medo, aceite seus erros, reescreva-se. Republique-se. Reinvente-se. E transforme-se na melhor edição feita de você. Então ame, apaixone-se, erre, erre quantas vezes forem necessárias... Sorria, brinque. Chore, beije, morra de amor, sinta, sonhe, cante, grite, viva... O fim nem sempre é o final, a vida nem sempre é real, a roda nem sempre é gigante, o passado nem sempre passou, o presente nem sempre ficou, o hoje nem sempre é agora. O tempo... o tempo não pára!"
(Fernanda Mello)
Por que não se permitir? Por que não simplesmente viver? Se preocupar pra que? No final você acha que vai se encontrar com 115Kg vendo um filme de comédia romântica numa sexta-feira à noite em seu sofá, debaixo das cobertas, pensando que somente o seu cachorro te ama de verdade? Se essa é sua maior preocupação, querida, por que não compra um monte de cachorros? Porque convenhamos, a diferença entre eles e os homens, hoje em dia, é quase nula. Não, perdão, tenho que ressaltar a fidelidade dos cachorros! Ela sim é relevante.
A minha maior preocupação é se eu vou continuar tendo um chão para pisar, porque, sem chão, para onde eu vou? Por que o resto das pessoas não se preocupa só com isso?
Contas para pagar, nome no SPC, sem dinheiro para a gasolina... Pare um pouco. Relaxe. A vida é mais que uma conta, mais que um nome sujo, é mais que uma carona.
Por que as pessoas simplesmente não param para VIVER? Será isso tão difícil?
Aproveite esse momento, ele é seu. Quem sabe quando você terá esse momento de volta? NUNCA. Essa é a certeza da sua vida. Então por que dificultar?
Grite até perder a voz, saia correndo quando tudo estiver parado, dê um 'Oi' insignificante para alguém significante, faça o que quiser fazer. Mas saiba estabelecer limites entre viver e enlouquecer.
Seja como um texto: saiba se redigir, controlar os parágrafos, o desenvolvimento, os argumentos, o tema. Mas seja incomum.
O que o ser humano considera chato é a rotina, o igual, o ordinário.
Seja extra... ordinário.
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Extra.
Postado por B. Martins às 15:05
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