Há uns dias atrás eu estava chorando antes de ir dormir, sentindo falta, sentindo um vazio, sentindo emoções. Hoje já não consigo sentir nada. Talvez seja temporário, mas tenho quase certeza de que não.
Hoje já não espero nada. Nem uma atitude, nem uma palavra, nem um pingo do resto do sentimento que existia dentro de mim. Não espero nada de ninguém.
Consegui ver com os olhos descobertos o mundo de verdade. E ele é feio pra quem vive em cima de emoções, porque ele é real, não é como queremos, como sonhamos. E isso é triste pra quem vive sempre querendo fazer a diferença, sonhando com uma revolução em que as pessoas irão ser mais compreensivas e conscientes com as pessoas que as cercam.
Vendo um filme em que só se falava de amor, eu já não sentia um aperto no coração. Pensei até que ele não estivesse mais lá. Mas sei que estava, pois continuou batendo, só não na mesma intensidade e para mim isso não faz diferença enquanto eu ainda estiver vivendo.
É tudo uma metáfora.
Vivo agora em cima não do que é sentido, mas do que é dito.
A razão tomando conta da emoção.
Ainda sou eu. Mudando do jeito que quero, sem ninguém pra me repreender e fazer cara feia.
E aquela vontade de dizer algo e ter que pensar mil vezes antes das palavras saírem da sua boca? Isso desgasta. Só quero viver. Falar sem ter que pensar no que vão ou podem pensar. E daí? Eu também penso sobre o que os outros falam e ninguém deixa de ser como é.
Viva você também, a sua vida, é claro. Não a dos outros, não a que você imaginou. Viva o que tem. Viva o que é. Ame isso.
Ser completamente sem sentimentos é chato, apesar de ser mais inteligente. Mas a idiotice é um passaporte grátis para a felicidade. Seja do seu jeito. E manda catar coquinho quem quiser te botar pra baixo.
terça-feira, 13 de abril de 2010
Postado por B. Martins às 12:47
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